Como a Nucase se adaptou à pandemia?

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Como a Nucase se adaptou à pandemia?

O ano de 2020 tem sido atípico. Vivemos como nunca imaginámos. Trabalhamos como nunca pensámos. Mudámos, adaptámo-nos, inovámos. E se em entrevistas anteriores, já os administradores da Nucase falavam da importância do digital e do investimento necessário nesta área para os próximos anos, nunca fez tanto sentido abordar as novas tecnologias como agora. Sónia Nunes, Tiago Nunes e Jorge Cadeireiro explicam como a empresa se reorganizou para garantir o bem-estar e a segurança dos seus colaboradores e clientes.

O confinamento obrigatório levou a repensar a vida tal como a conhecíamos até aqui. A adoção de medidas de prevenção, a adesão ao teletrabalho e a constante comunicação com os clientes, foram os grandes pilares que permitiram à Nucase minimizar o transtorno que esta pandemia está a causar e continuar a garantir a confiança dos seus clientes. “Face à rede tecnológica que, nos últimos anos, tem sido alvo de fortes desenvolvimentos, a opção mais usual, para as situações possíveis, foi recorrer ao teletrabalho, colocando as pessoas a trabalhar a partir de casa, de forma a respeitar as regras de contenção impostas pela Organização Mundial de Saúde para travar a propagação desta grave doença”, começa por explicar a administradora Sónia Nunes, mais dedicada à área de recursos humanos.

Consciente da incerteza quanto a esta opção no futuro por não se saber – ainda – “se este modelo de trabalho veio para ficar”, defende que esta é a oportunidade de as empresas “testarem as suas capacidades de funcionamento com o trabalho à distância e a abertura dos colaboradores para laborarem em contextos diferentes, em situações de condicionamento, perturbações ou dificuldades e, deste modo, impulsionar o uso das tecnologias e da comunicação digital”.

Do lado da gestão das operações, Tiago Nunes reforça que a infraestrutura tecnológica da empresa já era uma realidade e permitia o teletrabalho em algumas situações específicas. “No entanto, foi necessário garantir a robustez dos sistemas para abarcar um aumento exponencial.” O maior desafio não foi o tecnológico, denota, mas sim “a capacidade de adaptação das pessoas a esta realidade, mantendo-se produtivas e focadas num ambiente de trabalho não habitual”, sublinha. O tema da digitalização e da automatização de processos não é novo, mas a pandemia veio reforçar esta tendência de dinamizar os processos da empresa num ambiente digital desde a entrada da documentação até à informação que é disponibilizada aos clientes. “Estamos focados em garantir essas condições permitindo ainda maior eficiência operacional, desde a integração mais automática da informação, o seu processo em ambiente digital, reforçar o papel dos portais de comunicação e organização interna garantindo aos nossos clientes uma presença mais forte em portais de fácil acesso à sua informação e serviços”, defende o também administrador.

Foi preciso tornar a comunicação, com os clientes, mais descomplicada, imediata e ágil.

E apesar das regras de distanciamento social, a sensação é “a de maior proximidade”, afirma Jorge Cadeireiro. Afinal, “a necessidade aguça o engenho e foi nessa base que a Nucase agiu perante um estado de emergência abrupto que exigiu das organizações uma resposta rápida e suficientemente operacional”. Além da reestruturação da rede informática para garantir a possibilidade de teletrabalho para todos os colaboradores, foram implementadas novas formas de comunicar. “Confrontados com a necessidade de reduzir drasticamente os contactos pessoais, foram disponibilizadas, a todos os colaboradores, novas plataformas de comunicação digitais e garantida uma gestão de rede telefónica mais abrangente, ainda que mantendo todos os nossos escritórios abertos por forma a garantir o maior apoio possível aos nossos clientes e a operacionalidade de alguma rotinas inerentes às soluções encontradas”, reforça o administrador mais dedicado à gestão de clientes.

Novos desafios

Olhar para o teletrabalho como uma oportunidade e não como um problema. Eis um dos ensinamentos que esta pandemia poderá trazer às organizações nesta oportunidade de se reinventarem e definirem novos modelos de trabalho. E como será o futuro? Sónia Nunes considera que será provavelmente “um trabalho híbrido, em que todos teremos alguns dias em teletrabalho, e outros nos locais de trabalho socializando e tratando os assuntos que requerem contacto mais pessoal, olhos nos olhos”.

Também a forma como as empresas estão a gerir esta crise é uma ação que a administradora intitula de “employer branding” que irá marcar positiva ou negativamente as organizações. “A estratégia da construção de uma marca empregadora, consiste em adotar práticas e técnicas para promover a organização junto do mercado e dos profissionais. As ações de hoje, nas organizações, vão impulsionar a identidade e a capacidade de atrair e reter talentos, capacitando a empresa como um lugar em que as pessoas desejam trabalhar. Atrair, reter os melhores talentos e reduzir o turnover são alguns dos maiores desafios das organizações e gestores de recursos humanos”, defende Sónia Nunes. Atingir esses objetivos irá resultar, na sua opinião, “numa maior produtividade e diminuir consideravelmente os custos decorrentes do recrutamento, contratação e capacitação de novos colaboradores.”

Tiago Nunes salienta ainda que é importante “reforçar a importância de pensar e ajustar um plano de continuidade de negócio, para preparar a empresa para cenários adversos, que facilita muito a agilidade e celeridade na adaptação da resposta”.  Adaptadas todas as rotinas operacionais e criados todos os novos pontos de contacto com os clientes Nucase, ficou evidenciado “que o futuro será sempre diferente e, expectavelmente, mais eficiente, trazendo agora a consciência da continuidade das novas formas de comunicar, digitais, mais rápidas e mais adequadas às necessidades atuais”, defende Jorge Cadeireiro.

A avaliação da eficiência dos colaboradores durante este período deve ser feita com alguma prudência e particular cautela, sobretudo porque as famílias vivem realidades distintas e estão, também elas, a viver dias de permanente adaptação. “Os colaboradores não estão em condições normais de trabalho. Uns encontram-se a dar apoio a menores, ao estudo dos filhos, em tarefas diárias como cozinhar, limpar, fazer compras no supermercado, que só por si é gerador de ansiedade pelo receio de contágio. O que estamos a fazer agora vai determinar o futuro do trabalho e da gestão de pessoas”, conclui Sónia Nunes.

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